“Vergonha e raiva é o que a gente passa com esse cartão”. Este é o desabafo de um dos vários servidores da prefeitura de Conselheiro Lafaiete na manhã desse sábado (05) ao saber que mais um supermercado não está aceitando o cartão-alimentação que dá direito a fazer suas compras na rede conveniada.
O Fato Real informou que a rede de supermercado BH suspendeu o pagamento com o cartão na quinta-feira (03). Hoje o Supermercado Brasil informou que também suspendeu o recebimento do cartão dos servidores.
Em contato com o Azevedo nesta manhã, nossa equipe teve resposta de que “no momento” estava aceitando, mas com possibilidade de suspender a qualquer momento; o que acabou se concretizando minutos depois. Também confirmaram a suspensão do recebimento os supermercados Azevedo e Sant’Ana.
Os relatos dos servidores são de constrangimento nos mercados e indignação pela falta de solução de um problema que se arrasta há muito tempo. Vários já tiveram que devolver compras ou ficar insistindo uma, duas, três…diversas vezes até que, por sorte, o sistema aceite. “É o cartão da vergonha, afirmam.
Segundo apuração do Fato Real, o problema gerado nas últimas horas é da falta de repasse da empresa responsável pelo cartão. A prefeitura estaria fazendo o repasse, mas a empresa não estaria fazendo o pagamento aos supermercados. Um cronograma teria sido elaborado, mas não estaria sendo cumprido. Além disto, segundo a gerência de um dos supermercados, o sistema desenvolvido pela administradora Convênio Card apresenta frequentemente erros na hora de passar nos caixas, provocando atrasos, filas e com certa frequência não funciona e os clientes precisam devolver as compras, gerando constrangimentos.
Nos meses de maio e junho deste ano, durante movimento de greve, o fim do contrato com a empresa responsável pelo cartão-alimentação entrou na pauta de reivindicações apresentada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. A Administração informou que após recebimento de informações sobre descumprimento contratual, por parte da Convênios Cards, iniciou apuração dos fatos e um processo administrativo foi instaurado, e, se comprovadas as irregularidades denunciadas pelos servidores, o contrato será rescindido.
