A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta semana, o inquérito policial que apurou as atividades de uma empresa suspeita de praticar extorsão.
Deflagrada no último dia 9 de setembro, a operação “Verita Visus” resultou na prisão preventiva dos dois sócios da empresa, além do bloqueio de bens e valores, cumprimento de busca e apreensão na sede da empresa e residência dos sócios, além da apreensão de equipamentos eletrônicos e documentos. A operação investigou uma empresa sediada na cidade de Santos Dumont, suspeita de praticar extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com faturamento estimado de quatro milhões.
Segundo as investigações, a empresa procurava nas redes sociais por perfis que vendiam produtos em tese falsificados e, simulando interesse em comprá-lo, obtinha maiores informações sobre o vendedor. Posteriormente outro setor da empresa fazia contato para solicitarem vantagem da pessoa que, em tese, estaria praticando crimes de violação de direitos intelectuais. Sob a ameaça de registrar ocorrência a empresa exigia o pagamento de um acordo extra judicial, cujos valores eram estabelecidos conforme o número de seguidores das mídias sociais. Quando o acordo não era cumprido, a empresa denunciava perfil da rede social utilizada e o derrubava do ar.
No decorrer das investigações, chegou ao conhecimento da PCMG que funcionários/testemunhas da empresa estariam sendo coagidas por um dos advogados dos sócios presos. Diversas testemunhas relataram que receberam ordens para que ficassem quietas ou perderiam seus empregos.
Como conclusão do caso, a PCMG indiciou os dois sócios da empresa, uma mulher de 26 anos e um homem de 30 anos, pelos crimes de usurpação de função pública, falsidade ideológica, frustrar direito assegurado pela legislação trabalhista e extorsão, e o advogado da empresa, um homem de 30 anos, pelo crime de coação.
A investigação mostrou que os investigados praticaram o crime de extorsão em, pelo menos, 20 estados diferentes.
O inquérito policial foi encaminhado à Justiça para prosseguimento da ação penal. Os sócios da empresa permanecem presos preventivamente.
Fonte: PCMG