Poderíamos dizer que hoje é um dia de tristeza. Mas o universo nos confere admirável emoção e enseja reflexões. O extraordinário Geraldo Lafaiete cumpriu o seu proposito: vivia o que fazia! Fazia o que vivia! Lutou para desencarcerar a cultura local.
Ele acreditava que “criar arte para si próprio não traz sentido para a humanidade”. E insistiu para que cada artista pudesse encontrar e assumir a sua autonomia. Sob a sua gestão, Conselheiro Lafaiete alcançou o status de cidade dos festivais: FACE – Festival de Artes Cênicas, considerado o maior festival de teatro amador do país; o Encanta Lafaiete, Festival Internacional de Corais; Festival de Violas; Festival da Canção; Festival de Congado; Festival da Canção, entre outras ações como a feira do artesanato; desfile carnavalesco, etc.
Foi o secretário que conduziu o processo de criação da Secretaria de Cultura. Geraldo nos fez acreditar que o artista pode ser um missionário, capaz de levar a boa nova a todos os cantos.
William Klein disse “a vida humana é um fragmento da realidade e se estende ao infinito no tempo e em diferentes dimensões de manifestação”. Isso nos leva a entender que Lafaiete perdeu o artista, mas dispõe da sua semeadura. Sentiremos a sua ausência e uma saudade ímpar, mas em nome da sua essência, vamos cultivar seus saberes. Que os santos anjos do Senhor iluminem a sua nova jornada. Muito obrigado, querido companheiro e amigo. Vá em paz!
Geraldo Vasconcelos
Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Conselheiro Lafaiete