O senhor Francisco Basílio Malta tem 68 anos. Já foi capinador de roça, plantador de lavouras. Trabalhou em circo, fábricas e foi piloto de lanchas, entre outras profissões. Mas o que gosta mesmo é de cantar.
Ele veio para Lafaiete há 3 anos. “Vim para cá porque um filho meu mudou pra Lafaiete. Eu vim passar uns tempos para aproveitar o filho e fiquei. Moro sozinho, porque minha esposa foi pra São Paulo ajudar minha filha a criar minha neta”.
Sr. Francisco é figura fácil de ser vista pelas ruas com uma caixa de som, um microfone numa mão e um celular na outra, onde ele lê as letras das músicas. O repertório é composto basicamente por músicas mais antigas, clássicos da música brasileira. Mas ele arrisca também em algumas internacionais “Prefiro as bregas. Vou mostrando esse tipo de música para juventude de hoje que não conhece”.
Ruas, esquinas, túnel, canteiro… o local não importa. Ele liga sua caixa de som, microfone e canta. Há quem goste e quem reclama. Tem quem aplaude e até cante com ele.
Na sua simplicidade, Francisco, segue conquistando pessoas, que numa cidade com tantos problemas na correria do dia a dia, ao passarem por ele, seguem caminhando, mas cantarolando mentalmente as canções que entoa. O senhor agradece o carinho que recebe. Aposentado, recebe um salário mínimo. Revela que a música é remédio para as crises de pânico. “Cada sorriso e aplauso é como um remédio que tomo”.
Pedimos a Francisco Basílio Malta uma mensagem de Natal, e o senhor Francisco disse que apenas pede a Deus para proteger as crianças “porque tem muita coisa ruim acontecendo no mundo”.
Clique aqui e ouça a música que Francisco dedicou ao Fato Real.
