Repercutiu na Câmara dos Vereadores a reação da comunidade que evitou a retirada de móveis da praça CEUS, no bairro Rochedo, para equipar as dependências do recém reinaugurado ginásio poliesportivo, no bairro Carijós, em Conselheiro Lafaiete. A mobilização dos usuários atraiu a presença de alguns representantes do Legislativo, o que ajudou a impedir que o caminhão carregado deixasse o local e forçou a recolocação de todo o mobiliário onde havia sido retirado.
Um dos vereadores que estiveram na praça CEUS, Pedro Américo (PT) atribuiu o incidente à falta de diálogo por parte da Prefeitura. Para Pedrinho, bastava uma conversa com a comissão de moradores, composta, inclusive, por um representante do Executivo, para evitar o mal-entendido.

Líder do prefeito Mário Marcus na Câmara, João Paulo Resende (União) criticou a postura das lideranças comunitárias: “São em torno de 40 jogos de mesa que estão lá pegando poeira. Seriam retiradas algumas mesas e cadeiras que seriam utilizadas no poliesportivo. O patrimônio é registrado e tem as plaquinhas do município e não entendi qual o problema em a Secretaria de Esportes retirar o material; de se chegar ao ponto de vereadores irem lá questionar e o pessoal parar na frente do caminhão. Concordo que tenham ficado preocupados, mas deveriam fazer a mesma coisa em relação aos assaltos que também acontecem lá”, questionou o líder do Executivo.
Por fim, o presidente da Câmara, Vado Silva (DC), que também foi à praça CEUS ontem, criticou a falta de planejamento logístico da Prefeitura: “Não adianta montar a estrutura de um ginásio se não tem equipamento. Não é possível que a prefeitura gaste dinheiro num investimento como este, reinaugure o poliesportivo e não tenha verba suficiente pra comprar mesa e cadeira. Não se pode tirar a roupa de um santo para vestir outro. Minha preocupação é com os hospitais e com a UPA: será que eles vão ter equipamentos?”, questionou o chefe do Legislativo lafaietense.