O Fato Real publicou pela manhã uma matéria em que repercutiu a suspensão das atividades por parte do Centro de Especialidades Odontológicas de Conselheiro Lafaiete (CEO). O local foi notificado pela Vigilância Sanitária por falta de estrutura.

O CEO é uma importante unidade de saúde da cidade. O local faz atendimentos odontológicos da população via SUS.
Segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde, (CMS) Roberto Santana, a Secretaria de Saúde foi alertada sobre a necessidade de investimento e melhoria nas condições sanitárias do local durante todo o ano. Ele conta que foram realizadas diversas reuniões no Ministério Público com representantes da administração municipal e esperava que a situação mudasse.

Roberto Santana conta que o CMS já enviou à Secretaria de Saúde duas solicitações de informação. Uma, solicitando que a vigilância sanitária faça uma avaliação sanitária detalhada de todos os consultórios odontológicos públicos do município no prazo máximo de 30 dias. E a outra, solicitando que a Secretaria de Saúde apresente como os recursos disponibilizados para odontologia foram utilizados nas melhorias da estrutura física e do atendimento da população.

O Fato Real procurou o Conselho Regional de Odontologia (CRO MG) para se pronunciar sobre o assunto, no entanto, a redação recebeu a informação de que os processos no Conselho são sigilosos e as informações devidas serão fornecidas para a parte interessada.
O Fato Real também enviou questionamentos sobre o assunto ao secretário de Saúde, Darci Tavares, e aguarda retorno.

Denúncias que chegaram até o portal Fato Real dão conta que faltava até material para que os dentistas pudessem realizar os atendimentos. Há informações de que alguns deles levaram material próprio para atender a população no CEO.
Repercussão no poder público
O assunto repercutiu também na Câmara Municipal. Nesta segunda-feira (21/11), em reunião ordinária, Pedro Américo (PT) e Giuseppe Laporte (MDB) criticaram a situação do centro odontológico.
Pedrinho lamentou o fato da cidade ter perdido o local de atendimento odontológico: “Como é que faz quando chegar uma pessoa passando muito mal, com uma dor de dente, se tiver ocorrido um acidente que tenha quebrado com parte do rosto. Não tem como fazer. Se coloca no lugar de uma pessoa que agora está sofrendo uma dor horrível. Vai levar para onde? Isso não podia ter acontecido e foi avisado da condição e que isso ia acontecer um dia”, diz o petista.
Pedro Américo também criticou a ação do prefeito Mário Marcus (DEM): “Tem muita coisa que eu digo que é falta de administração, falta de planejamento é coisa que você sabe que vai acontecer.[…] A gente já fez fiscalização em vários locais e aqui na nossa cidade só está funcionando dessa maneira: Justiça vem e fecha. O CRO fechou porque estava cheio de mofo, cheio de irregularidade e para ver se o prefeito toma alguma atitude para resolver a situação”, diz o parlamentar.
Giuseppe Laporte também se manifestou reforçando a ideia de que o Executivo não age como celeridade: “A gente já fez fiscalização em vários locais e aqui na nossa cidade só está funcionando desta maneira: Justiça vem e fecha. O CRO fechou porque estava cheio de mofo e irregularidades e vamos ver se o prefeito toma alguma atitude para resolver essa situação”.