
Duas notas curtas, sem detalhes, com conteúdo bem parecidos e sem nenhuma perspectiva de respostas aos questionamentos feitos pela população. Assim foram as respostas oficiais do hospital São Vicente e da prefeitura de Lafaiete sobre a situação tornada pública esta semana. O Hospital São Vicente, referência em pediatria na cidade informou que as crianças que chegarem ao hospital passarão por uma triagem. Com isto, os casos de urgência e emergência serão imediatamente atendidos. As outras crianças deverão ser encaminhadas para unidades de PSFs acompanhadas de um relatório. O que revoltou pais, já que parte dos PSF’s da cidade estão sem médico, não há presença do pediatra, e não têm plantões fins de semana.
Nas notas oficiais é informado apenas que o Hospital São Vicente de Paulo foi contratualizado com o município em 2017 para o atendimento como porta de entrada para urgência e emergência pediátrica ambulatorial. Nos últimos meses, houve um aumento considerável nos atendimentos de urgência e emergência que são realizados em conformidade com o Protocolo de Manchester, o que está gerando um desconforto para os classificados de verde e azul que ficam aguardando por muito tempo para serem atendidos
Na Câmara
O assunto chegou à Câmara Municipal e dois requerimentos estão em discussão e votação. Um de autoria do vereador Erivelton Jayme, que requer que seja encaminhado expediente ao prefeito Mário Marcus e a Sociedade São Vicente de Paulo, solicitação de informações a respeito do Hospital São Vicente, pleiteando a resposta dos seguintes questionamentos: – Qual o número de funcionários do Hospital? – Qual o número médio de pacientes que utilizam o Hospital diariamente? – É possível a contratação de novos profissionais de saúde? – É de conhecimento da Sociedade São Vicente de Paulo e do Executivo que muitas vezes o número de funcionários trabalhando não atendem a demanda?
E ontem, outro requerimento foi protocolado, assinado por todos os vereadores, que requer que seja convocado a comparecer na Casa Legislativa, o secretário municipal de Saúde, Darci Tavares, e a administradora do hospital São Vicente de Paulo, Giovana Seabra, a fim de prestar esclarecimentos sobre a falta de médicos no hospital, além da falta de estrutura e funcionários.