A Adro Galeria de São João del-Rei irá inaugurar no próximo sábado (02/04) às 19h a primeira exposição do seu calendário anual: a instalação Menos do Mesmo, da artista Simone Peixoto. A entrada na exposição é gratuita.
Suas gravuras retratam plantas e insetos, produtos da curiosidade pela repetição e reprodução, em busca das variações de forma e sentido.
A partir de três matrizes, a artista produziu cerca de 160 imagens de cigarras, bromélias, samambaias, grama-amendoim – espécies conhecidas e nada exóticas – como ação poética que eleva o banal ao centro das atenções. Contudo, não se trata de uma busca por uma série de imagens idênticas, mas pelas possibilidades de explorar criativamente texturas e cores, guiada por um pensamento gráfico. Ela compreende que a gravura também pode ser direta e se utilizar de materiais pouco convencionais. A busca pelo banal está relacionada à autorreferência, outro forte traço de suas obras, ela mesma avalia: “Eu via a narrativa de minha vida nesses pequenos objetos. Descobri como era legal que uma pessoa que vê um desenho muito auto-referente não vai investigar o que é para você, mas ela vê ela mesma”.

Após a abertura no sábado (02), a exposição estará disponível ao público do dia 06 de abril ao dia 11 de junho. O horário de visitação é: das quartas às sextas-feiras das 15h às 20h e no sábado das 10h às 20h. A Adro Galeria fica na avenida Getúlio Vargas, 154 no centro de São João del-Rei.
A artista
Natural de Brasília, Simone Peixoto iniciou sua trajetória artística quando ingressou no Instituto de Artes da Unicamp, onde completou a graduação (2002) e mestrado (2009), orientada por Luise Weiss.
Atualmente, realiza o doutorado em Poéticas Visuais pela mesma instituição. É co-fundadora do Ateliê Itinerante Xilomóvel, projeto que leva um ateliê itinerante até espaços públicos, oferecendo oficinas gratuitas de xilogravura e monotipia em diversos estados do país desde 2010. Ao convidar a artista Simone Peixoto para produzir essa instalação gráfica o foco principal da curadoria foi deslocar a linguagem tradicional da xilogravura do lugar comum, ressignificando o próprio espaço da exposição como uma espécie de cenário abstrato propício às experiências sensoriais dos visitantes.