Conselheiro Lafaiete vive novamente uma situação delicada em relação ao transporte público coletivo na cidade. A Viação Umuarama, que presta serviço de maneira emergencial no município, tem praticado redução de algumas linhas e horários de circulação dos ônibus. A situação se intensificou nos últimos dias quando passou a ser estudado o valor do reajuste do preço da passagem, que pode chegar a R$4,10
A situação desagradou parte da população. O descontentamento chegou também ao poder público: em sessão ordinária na Câmara Municipal na última semana, o vereador Vado Silva (DC) demonstrou preocupação com o aumento: “Entendemos os custos da operação, entendemos o aumento do diesel, também os salários, mas a população não pode ter este impacto”, disse o parlamentar. O subsídio mensal que a empresa recebe da Prefeitura também deverá ser aumentado. O valor arcado pelo Executivo local atualmente é de R$ 233.000,00 (duzentos e trinta e três mil reais) e deve aumentar para em torno de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Transporte gratuito
Vado Silva apresentou uma sugestão de estudo de viabilização do transporte coletivo de forma gratuita para a população. Ele deu como exemplo a cidade de Mariana que recentemente implantou o projeto “Tarifa Zero”. Na cidade histórica é concedido para a Transcotta uma subvenção econômica em que a tarifa é subsidiada pelo poder público. Outro ponto do Tarifa Zero é que ele é válido para todos, inclusive turistas que podem ter a oportunidade de utilizar o serviço. A isenção tarifária alcança todas as linhas urbanas, rurais, distritais e interdistritais.
Um dos argumentos utilizados pelo parlamentar para defender a gratuidade foi o elevado custo para se usar o serviço atualmente na cidade. O vereador destacou que hoje, em Lafaiete, mensalmente o trabalhador gasta a média de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais) com o transporte. Isto gera um grande impacto no orçamento familiar. Com a gratuidade do serviço, este dinheiro continuaria circulando na cidade, em outros setores, fomentando a economia.
Em conversa com o Fato Real, Vado Silva foi questionado de onde sairia o dinheiro necessário para manter um programa municipal de gratuidade no transporte. O vereador apontou que parte do valor poderia ser originado de parcerias com instituições privadas, que já sentem impacto bancando o valor do vale-transporte: “Temos que sentar e conversar para que possamos buscar este recurso junto às empresas. Estas empresas, lá em Mariana, dão este aporte para o subsídio, então nós temos que buscar também. Envolve o deputado Glaycon Franco, envolve o prefeito Mário Marcus, o Ministério Público, para que vejamos a contribuição que as empresas podem dar neste momento difícil”, destaca.
