Episódio ocorrido na última segunda-feira 07/02 com uma criança de dois anos em uma creche municipal levou uma mãe a fazer um alerta nas redes sociais. O fato ocorreu nas dependências da creche Maria Da Gloria Dias Ribeiro “Dona Glorinha” no bairro museu, em Lafaiete.
Adriana Arlinda Pereira relatou ao Fato Real, que entregou a filha para uma pessoa que estava na portaria da creche recebendo as crianças. “A moça conduziu minha filha até um pedal de álcool em gel e disse para ela apertar com o pé para poder aprender a passar o produto sozinha. Assim que ela apertou o pedal o jato do álcool foi direto no olho esquerdo dela causando-lhe uma queimadura terrível”, informa, acrescentando que o pedal era alto para a menina, estando acima da cabeça dela, que olhou para cima após apertar.
A reação da criança foi de quem estava sentindo muita dor. “Ela começou a chorar muito, dando gritos de dor e nós fomos com ela para dentro da creche. Jogamos água para lavar, mas não resolvia. Ela gritava com muita dor a ponto de ter um pequeno desmaio em meus braços”, disse a mãe.

Diante da gravidade da situação, Adriana levou a filha ao hospital São Vicente (referência em pediatria na cidade), onde foi atendida, medicada e recebeu indicação para consulta com um oftalmologista o mais rápido que eu pudesse.
Sem condições para arcar com médico particular, a mãe disse que buscou apoio junto à Secretaria Municipal de Educação. “Cheguei lá em prantos. Fiquei aguardando por três horas enquanto me diziam que estavam tentando contato com a Secretaria de Saúde”. Com apoio da família, ela conseguiu uma consulta particular. “Quando consegui o atendimento a médica pingou um anestésico e ela conseguiu abrir o olho depois de 6 horas do ocorrido. Graças a Deus queimou somente a parte branca do olho não afetando a visão dela”.
Finalizando o seu relato Adriana demonstra preocupação sobre o produto que tem a orientação de ficar fora do alcance de crianças ser administrado por crianças fica de 0 a 3 anos. “Esse meu relato é pra que todos os pais fiquem alertas do perigo de uma criança administrar um produto desses sozinha e também da negligência que a creche teve. Minha indignação como mãe em ter que ficar tantas horas sem um socorro pra minha filha sem saber o que ia ser da visão dela. Será que se acontecer algo mais grave estaremos amparados? Pois eu não tive nenhum apoio. Sai da creche desolada caminhando sozinha com ela em busca de socorro. A creche não ligou. Não perguntaram se ela passa bem ou se afetou a visão dela. Somente a professora (uma gracinha)Tia Cely que foi professora da minha outra filha mais velha ano passado que entrou em contato via zap pra perguntar se ela passava bem”, finalizou.