O Tribunal de Justiça de Minas Gerais vistoriou, na sexta-feira (09/07), o hospital de custódia de tratamento psiquiátrico Jorge Vaz em Barbacena. A unidade não poderia receber mais nenhum paciente até a realização de melhorias, apontadas em um relatório de 2020. O documento apontava que o local tinha características de prisão, sem aspecto terapêutico institucional. “Iniciamos um mutirão nas férias e desinternamos 78 pacientes. Uns retornaram para as famílias ou para residências terapêuticas. Para a nossa surpresa deixamos 13 e encontramos hoje uns 60 e 70 novamente. Então, precisamos fazer um novo relatório e tomar outras providências. Um único passo que foi dado foi a contratação de pessoal”, explicou a desembargadora do TJMG, Márcia Milanez.

A desembargadora destacou que a estrutura apresentada é de presídio, o que vai contra a Lei da Reforma Psiquiátrica. Segundo Luiz Fernando Nigro, juiz do TJMG, “a internação é excepcional. A lei da reforma psiquiátrica só deve se dar quando os dispositivos extra hospitalares são insuficientes. Então, o nosso olhar é esse. Verificar as condições dessas pessoas e apontar”, concluiu.
Fonte: Barbacena Online