Foram presos em Congonhas, por policiais civis da Delegacia de Homicídios do Barreiro do DHPP, um homem de 41 anos e uma mulher de 38 anos por envolvimento no homicídio de uma criança de 1 ano e 5 meses. A pequena Pietra Valentina Leite Oliveira foi encontrada morta debaixo do viaduto do bairro Olhos d’Água, na região Oeste de Belo Horizonte, próximo ao antigo letreiro da Mannesmann na BR-040, no dia 25/01.
A investigação que vinha ocorrendo teve desfecho com as prisões dos suspeitos de terem matado a pequena Pietra e a mãe da bebê, Fernanda Caroline Leite Dias, de 28 anos, cujo corpo ainda não foi localizado.
O crime teria motivações passionais. O homem suspeito trabalha em uma mineradora e sua esposa na prefeitura de Congonhas. O suspeito detido, segundo a Polícia Civil em coletiva na manhã desta quarta-feira (07), era amante da mãe da criança.
Investigação
Durante investigação foram encontradas imagens do carro no nome da esposa do amante da mãe da criança se deslocando por uma via lateral no trecho Congonhas/Belo Horizonte captado por um radar em um horário muito próximo em que o corpo foi desovado. Vestígios de sangue foram encontrados no veículo do homem e no veículo da mulher dele.
Junto ao corpo da criança foi encontrado um bilhete, que segundo a Polícia Civil quem escreveu tentou se passar pela mãe da criança desaparecida. O exame pericial mostra que na verdade a caligrafia pertencia ao suspeito.
Outro ponto importante nas investigações é um áudio de Fernanda, que supostamente estava grávida, o que pode ter sido a motivação para o crime. A Polícia Civil acredita que a mãe também foi morta, pelos mesmos autores que mataram a criança.
Criança dopada
Na necropsia foi revelado o uso de um remédio para dopar a criança. Existe uma receita no nome da esposa do acusado, também indiciada, para esta medicação, que foi retirada pelo seu marido.
Além do remédio, o exame pericial descobriu uma lesão na região da cabeça da criança. A causa do óbito de Pietra foi hemorragia intracraniana. Existe ainda a transfixação de um folder da prefeitura de Congonhas na perna da criança. O folder provavelmente estava no porta-malas do veículo.
A Polícia Civil tem convicção que o casal detido está envolvido com o crime e de que o delito foi premeditado e as provas autorias são cabais.
O pai de Pietra, segundo a PC, não tem envolvimento com o fato. Fernanda tinha mais dois filhos, com menos de 12 anos.
O principal suspeito foi colaborativo com as investigações, negou vínculo amoroso com Fernanda e negou envolvimento no crime.
Se condenados, os dois responderão por feminicídio (Fernanda), homicídio qualificado (Pietra), além de sequestro e fraude processual. O casal não tem antecedentes criminais e se encontra preso.
Clique aqui e assista a entrevista coletiva da PC sobre o caso.
Fontes: PC/Barbacena on line.
