
Enaltecendo a importância da participação feminina na política, única mulher entre os oito concorrentes à prefeitura de Conselheiro Lafaiete, a candidata Neuza Mapa foi a convidada desta quinta-feira (04/11) para o ciclo de entrevistas promovido pelas emissoras de rádio da Organização Agostinho Campos Neto em parceria com o Fato Real.
Pandemia
Acostumada a se comunicar por meio das redes sociais, Neuza disse que não tem enfrentado grande dificuldade em usar a internet para fazer sua mensagem chegar ao eleitorado e, atenta às recomendações de higienização e distanciamento social, se faz presente em algumas residências e comunidades às quais é previamente convidada a visitar. A candidata aproveitou para defender a manutenção do funcionamento do comércio local apesar das restrições impostas pelo novo coronavírus, desde que respeitadas as regras estabelecidas pelas autoridades de saúde e vigilância sanitária.
Educadora com formação em física e pós-graduada em matemática, Neuza Mapa fez questão de se aprofundar em gestão pública e ciências políticas tão logo percebeu a própria inclinação para militar nesta área. A candidata disse considerar imprescindível a preparação teórica de todo aquele que se proponha a assumir cargo público: “ Considero o conhecimento fundamental e, tão logo entendi ser chegado o momento de estar dentro da política, decidi estudar e aprender a agir corretamente. É triste, muitas vezes, a gente ver pessoas sem conhecimento político, que desejam o poder acima de tudo e não sabem como administrar o município, afirmou.
Questionada pelos âncoras Gina Costa e Agostinho Rezende Campos e respondendo a perguntas enviadas pelos ouvintes, Neuza Mapa foi se posicionou sobre os problemas da cidade e traçou metas que pretende contemplar, caso seja eleita.
Saúde
Na visão da candidata, para resolver os problemas crônicos do atendimento público em saúde de Lafaiete é preciso ouvir os trabalhadores da área. Em sua opinião, o gestor precisa se preocupar com quem procura atendimento, mas também com os profissionais que prestam o serviço. O passo seguinte, segundo Neuza Mapa, seria melhorar os salários dos médicos para exigir deles o cumprimento integral da jornada de trabalho nas unidades de saúde para as quais foram designados. A candidata prometeu ser criteriosa na indicação dos ocupantes de postos-chave na gestão da saúde, priorizando especialistas e evitando indicações políticas ou pessoais para cargos administrativos.

Sobre a Policlínica Municipal, a candidata criticou a recente intervenção feita nas instalações e citou a inundação da sala de espera pelas últimas chuvas como evidência de que os reparos no telhado não corrigiram as falhas. Comentou também sobre o hospital regional, que seria, a seu ver, uma alternativa concreta para acabar com o drama dos pacientes obrigados a se deslocar para outras cidades em busca de tratamento. Ela disse o que poderá fazer, mesmo reconhecendo que a conclusão da obra não é responsabilidade do Município: “O governo do estado fez uma parceria público-privada com empresas da região; inclusive a Vale, que vai assumir a responsabilidade de concluir os hospitais. Se eleita, vou participar de quantas reuniões forem necessárias para fazer com que essas empresas deem prioridade ao nosso hospital regional. Mas o hospital de Lafaiete não é prioridade do atual governo e não adianta iludir o eleitor dizendo que ele será feito num passe de mágica”.
Neuza Mapa condenou o oportunismo de pessoas que se aproveitam de falhas na saúde local para fazer assistencialismo: “É muito triste o assistencialismo ser usado como palanque de campanha. O eleitor menos informado não sabe o interesse e a malícia política que estão por trás disso tudo. Não é um ato de bom coração se aproveitar de um momento de sofrimento e necessidade extrema da pessoa e fazer algo que a fará se sentir grata para sempre. Como políticos, temos de lutar para trazer o atendimento para dentro do município ao invés de transportar os doentes para tratamento em cidades tão distantes”.
Transporte Público e Mobilidade Urbana
A candidata redobrou as críticas aos adversários ao abordar os problemas do transporte público em Lafaiete. Ela disse estranhar o longo tempo de concessão à empresa contratada para explorar o e prometeu, caso eleita, descobrir por que não está sendo prestado um serviço de qualidade aos usuários e abrir nova licitação se as deficiências não forem sanadas. Neuza questionou também o fato de um dos candidatos a vice-prefeito nas próximas eleições ter integrado recentemente a administração da Viação Presidente. Por outro lado, observou que o péssimo estado das vias públicas compromete a manutenção e durabilidade dos ônibus que trafegam pela cidade.
Para desafogar o trânsito e melhorar a mobilidade urbana, Neuza defende a criação de rotas alternativas, fora do perímetro urbano, exclusivamente para o fluxo de carretas e caminhões pesados que hoje cruzam a cidade expondo a população ao risco iminente de acidentes graves.
Trezentos reais

Por fim, retomando a abordagem de propostas dos concorrentes, a candidata questionou a viabilidade de um eventual auxílio financeiro oferecido pela Prefeitura à população carente: “Há muitas promessas que parecem loucura. A gente sabe que os recursos da cidade não são tão grande assim para bancar a doação de R$300,00 todos os meses a sete mil pessoas, o que geraria uma despesa de dois milhões mensais. Isso é uma inverdade, não tem explicação. Por isso o candidato não participa de nenhuma entrevista. No desespero pra ser eleito, o cara tenta vencer de qualquer maneira e usa de mentira para enganar as pessoas”.
Na mensagem final, a candidata pediu responsabilidade e atenção ao eleitor lafaietense: “Peço que o eleitor tenha um olhar mais sério para a política e preste atenção ao que os candidatos estão falando. Faça um voto consciente e responsável, pois quatro anos podem ser muito tempo para a administração da cidade ficar nas mãos de pessoas incapazes”, afirmou Neuza Mapa.
Próximas
Todos os candidatos foram convidados para o ciclo de entrevistas. A sequência do espaço para as participações é a seguinte:
- Zezé do Salão / Sexta-feira (06.)
- Talysson Zebral / Segunda-feira (09).
- Alvaro / Terça-feira (10).
- Aloísio Resende / Quarta-feira (11).
- Cleber da Caixa / Quinta-feira (12).
As entrevistas são ao vivo, a partir das 10h, com transmissão pelas rádios: 89,9 FM, 92,3 FM e 101,3 FM e pelo Instagram do Fato Real – fatorealsite.
A reprise ocorre às 15h pela rádio Carijós 92,3 FM e fica disponível no Instagram do Fato Real.
