Já está em fase de elaboração por parte da Secretaria de Estado de Educação (SEE) os protocolos para uma possível retomada das atividades presenciais nas escolas de Minas Gerais. Nesta terça-feira 25/08 membros do Comitê Executivo Covid-19 do estado se reuniram com representantes do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG).
Em Conselheiro Lafaiete o assunto também esteve na pauta da sessão desta terça-feira 25/08 da Câmara Municipal. Houve discussão e votação de um requerimento em que o vereador Pedro Américo (PT) pede informações à Secretaria Municipal de Educação sobre o retorno das aulas. O requerimento não fala em volta às aulas neste momento, e sim, saber se as escolas municipais estão se preparando para a volta às aulas quando isso ocorrer. Todos retornos de atividades em Minas Gerais estão seguindo protocolos pré-estabelecidos.
Ao abordar o tema, o vereador João Paulo Resende alimentou a polêmica que vem mantendo com o presidente do Conselho Municipal de Saúde e integrante do Conselho de Educação, Roberto Sant’ana e criticou o que entende ser a ambiguidade de opinião por parte do conselheiro: “O cara, que sempre foi contra a abertura do comércio, está contra a abertura de tudo, agora discute a volta às aulas. Pra ser sincero, prefiro continuar sem resposta a esta pergunta porque não é hora de voltarem as aulas. Quantos servidores acima dos 60 anos temos na Secretaria de Educação? Quantos são hipertensos? A gente não pode colocar a vida das pessoas em risco. Infelizmente, o Município não tem estrutura para manter as aulas remotamente, mas não está na hora de voltar o ensino presencial”.
Para João Paulo, que defendeu veementemente a reabertura do comércio, as escolas de Lafaiete só devem reabrir quando o governo do estado emitir orientação neste sentido. A postura do presidente da Câmara foi seguida pelos colegas José Lúcio (DEM) e Chico Paulo (PT). Por outro lado, Sandro José (PROS) preferiu enfatizar o objetivo principal do requerimento proposto por Pedrinho, que é saber se as escolas municipais estão se preparando para a volta às aulas quando esta ocorrer: “Se as aulas vão voltar em dezembro, em 2021 ou 22, esta não é a questão. O requerimento pergunta é se estamos preparados para o retorno das aulas. Existe um plano de contingência para suprir a ausência dos professores que não possam voltar por fazerem parte de grupos de risco? Como agir em relação aos alunos que também estejam nos grupos de risco? São aspectos que precisamos tratar para entender o momento atual e prever o futuro”, argumentou Sandro José.
Após ser amplamente discutido, o requerimento do vereador Pedro Américo foi aprovado por unanimidade e encaminhado às providências de praxe.