
A Policlínica Municipal de Conselheiro Lafaiete está no centro das atenções desde a última segunda-feira (15/06), desde que o vereador Divino Pereira tentou, sem sucesso, acessar a chamada ala vermelha, destinada ao atendimento a pacientes com suspeita de Covid-19. O parlamentar alegava ter recebido denúncias de que o local havia se desviado do objetivo inicial, já que lá não havia paciente em tratamento. Divino se deparou com a ala trancada e não encontrou ninguém que tivesse a chave da porta de acesso.
Na manhã de hoje, em entrevista ao “Boletim Coronavírus” da rádio Carijós, a secretária municipal de Saúde, Rita de Kássia Silva Melo, comentou o episódio e descartou qualquer indício de irregularidade na policlínica. Ela negou que o acesso do vereador Divino Pereira às dependências da Policlínica Municipal tenha sido barrado, mesmo porque a ala em questão é anexa ao prédio principal. A secretária esclareceu que o gerente do pronto-socorro não estava com a chave da ala vermelha por que esta foi confiada à Secretaria Municipal de Saúde.
Conforme foi constatado em visita ontem de integrantes da Comissão de Saúde da Câmara, estão sendo armazenados no local caixas de medicamentos específicos para o tratamento da Covid-19, que são de custo elevado e precisam estar disponíveis para abastecimento imediato à estrutura de campanha em funcionamento no hospital São Camilo tão logo haja a necessidade de repor o estoque.
Estrutura

Rita de Kássia explicou que a ala vermelha passou recentemente por adequações e melhoras estruturais. O local passou a abrigar consultórios, salas de observação e recuperação de pacientes, copa e dormitório. Segundo ela, a adaptação já fazia parte do projeto de reforma e ampliação da policlínica.
Inicialmente, diante do quadro epidemiológico projetado pela Superintendência Regional de Saúde, a estrutura foi oferecida como suporte à demanda dos possíveis casos suspeitos de Covis-19 de Lafaiete e mais 10 cidades vizinhas que integram uma das microrregiões da Macro Centro-Sul de Saúde. Porém, embora a ala esteja preparada, não foi necessária sua utilização até o momento, já que o hospital de campanha tem sido suficiente para responder à demanda.
Porta de entrada
Mais uma vez, a secretária detalhou o procedimento seguido pela Policlínica no acompanhamento de pacientes com sintomas compatíveis com a COVID-19. De acordo com Rita de Kássia Silva Melo, após passar pela triagem e com base em protocolo de saúde e normas técnicas previamente estabelecidas, o paciente ingressa no fluxo de isolamento e é submetido a todos os exames específicos e acompanhado pela equipe médica. Após os resultados, ele pode ser autorizado a retornar à própria residência, onde cumprirá o confinamento de 14 dias, ou encaminhado para o hospital de campanha caso a situação requeira cuidados intensivos.
A secretária de Saúde frisou que a passagem pela policlínica não é uma imposição do Município, mas o cumprimento de um fluxo estabelecido pela Superintendência Regional de Saúde, segundo o qual todo paciente, suspeito ou confirmado, inicia por lá a primeira etapa do tratamento.
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