O decreto municipal que torna obrigatório o uso de máscara em Conselheiro Lafaiete também se aplica ao transporte de passageiros, seja público ou privado, individual ou coletivo. Deste modo, os ônibus, principal meio de transporte público utilizado pelos lafaietenses, está inserido nas novas normas vigentes.

O gerente da Viação Presidente, concessionária do serviço, explicou que a empresa está cumprindo rigorosamente o que determinam as regras, tanto do decreto municipal, quanto do baixado pelo governo do estado. Deste forma, só podem entrar nos ônibus em circulação na cidade passageiros que estejam com a boca e o nariz protegidos por máscaras.
Em entrevista ao “Boletim Coronavírus” da rádio Carijós, Luiz Carlos Beato afirmou que, mesmo com a queda na demanda em decorrência do isolamento social, o transporte coletivo lafaietense tem transportado cerca de 10 mil usuários por dia e é preciso minimizar o risco destas pessoas à contaminação.
Idosos
Luiz Carlos Beato também confirmou que, em cumprimento às determinações legais, o período em que idosos maiores de 65 anos podem embarcar gratuitamente sofreu restrições. As viagens gratuitas para este público só será permitida entre as 9h e 16h. O gerente observou que a limitação do horário é razoável durante o período de isolamento, uma vez que a maioria dos serviços que justificariam os deslocamentos de idosos, como farmácias, clínicas e outros estabelecimentos, só está disponível depois das nove horas. Além disso, como a frota de coletivos está temporariamente reduzida, deve-se priorizar os usuários que embarcam cedo para ir ao trabalho. Contudo, nada impede os maiores de 65 anos de viajar fora do período de vigência da gratuidade, desde que paguem a passagem.
Dificuldade financeira

A pandemia do novo coronavírus também está afetando a saúde financeira da Viação Presidente. Segundo o gerente Luiz Carlos Beato, somente em março o prejuízo da empresa foi de 31% e a projeção é de que o faturamento em abril amargue uma queda em torno de 70 a 72%. Segundo ele, o acumulado em 60 dias será equivalente a um mês inteiro de perda de faturamento pela empresa.
Com o encolhimento de 70% no fluxo de passageiros, a Presidente enfrenta dificuldades para manter em dia os vencimentos dos colaboradores e está se valendo do auxílio oferecido pelo Governo Federal para pagar os salários da maioria de seus 264 funcionários.