Alegando o que entende serem discrepâncias nos dados divulgados, o vereador Geraldo Lafayette informou nesta terça-feira (14/04), ao fazer uso da “Palavra Franca” durante Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Lafaiete, ter deixado de compartilhar, nas suas redes sociais, os boletins atualizados pela Secretaria de Saúde sobre as notificações de casos do novo coronavírus em Conselheiro Lafaiete.

O parlamentar, que disse ter conversado sobre o assunto com a colega Carla Sássi argumentou que não consegue compreender os critérios utilizados na apuração dos números: “Eu e a vereadora Carla tentamos elucidar os critérios usados na elaboração desses boletins, mas não obtivemos uma resposta convincente. Decidi não compartilhar os dados porque, quando os informo, passo também a ser responsável pelas informações. Tenho acompanhado a situação na cidade, no Brasil e no mundo. A impressão é de que a pandemia não chegará ao Brasil, que não teremos tantas mortes como as que vêm acontecendo na Itália, Espanha e Estados Unidos. O que não compreendemos é que, se lá a contaminação pode estar acabando, aqui ela não está nem no começo. Quantos ainda terão de morrer pra gente finalmente acreditar que a pandemia existe?”, questionou o vereador.
Geraldo Lafayette observou que, se a onda de contaminações parece avançar mais lentamente em Minas Gerais, talvez isso se deva à antecipação das medidas de isolamento social, que vigoram no estado há quase um mês: “Talvez, pagar o preço de ficar em casa e não estar com a rotina dentro da normalidade valha a pena. Pode ser que, daqui a 15 ou 20 dias, poderemos ouvir, como já temos escutado de algumas pessoas, que a pandemia já estará passando e não era necessário este mês de sacrifício. Mas, acredito que nada está passando e os números vêm sendo subestimados”, argumentou Geraldo Lafayette.
Citando informação divulgada em editorial que o Fato Real divulgou no fim de semana, o vereador apontou, como indício de discrepância, a ausência no boletim do número exato de testados, do total de testes à espera de resultados: “A orientação é de que o teste só é aplicado nas pessoas em estado grave e em profissionais da área de saúde. Quantos são e onde estão internados os graves que foram testados em Lafaiete? A gente não vê no boletim qual é a situação real. Um óbito foi lavrado e consta da certidão COVID-19, mas não a palavra “suspeito”. O cartório não iria modificar um laudo médico; então, de quem foi o erro? São respostas de que precisamos para elucidar os dados e fazer com que as informações sejam mais claras e corretas”, concluiu o vereador.