
Depois de décadas de acidentes e mortes naquele trecho finalmente foi inaugurada neste domingo a passarela que liga as duas partes do bairro Pires, em Congonhas, cortado pela BR 040. Os moradores encontraram uma forma singular de marcar o momento: em procissão eles atravessaram a passarela de pedestres na inauguração.

A estrutura leva o nome da moradora da comunidade, Natália Maria Firmino Silva, uma das dezenas de pessoas que perderam a vida ao atravessar a BR em meio aos carros. A passarela foi viabilizada com recursos da Prefeitura, das empresas CSN, Vale, Gerdau, Vallourec, Ferrous e Ferro+ e do Ministério Público e teve grande engajamento do prefeito Zelinho, do padre Paulo Barbosa e da comunidade.
A Paróquia de N. Sra. da Conceição cedeu parte do terreno onde está localizada a Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para que a passarela fosse construída. Em contrapartida, a prefeitura cederá um terreno para a construção de um salão comunitário.
Agora, os pedestres podem atravessar com segurança. Morador do Pires, João Bosco foi a última pessoa a ser atropelada no trecho e deixou um recado: “Espero que seja eu o último, que a gente não veja mais isso por aqui. Não passem por baixo, temos uma passarela agora. Muitos não voltaram, e eu voltei”, disse.