
Confirmando o que o Portal de Notícias Fato Real havia divulgado com exclusividade no final de semana, alunos da Escola Meridional, no bairro Morro da Mina, em Conselheiro Lafaiete, estão sem aula nesta segunda-feira (09/03). Os alunos foram orientados a permanecer em casa depois que a empresa Vale, por medida de segurança, anunciou o fechamento do prédio por tempo indeterminado. Uma avaliação técnica apontou nível de risco representado por uma pilha de estéril, rejeito decorrente da exploração mineral. A pilha se situa justamente próximo à Escola Meridional e requer atenção especial quanto à estabilidade.
Em vídeo publicado na conta da Prefeitura no Facebook, o prefeito Mário Marcus informou que, como forma de preservar a segurança de alunos, professores e servidores do educandário, optou-se pela suspensão imediata das aulas a partir desta segunda-feira. A previsão inicial é de que as aulas fiquem suspensas por uma semana, período em que a prefeitura tentará encontrar outro imóvel para receber provisoriamente os cerca de 600 estudantes. Mário Marcus disse, ainda, que a Vale assumiu com o Município o compromisso de construir um novo prédio para a Escola Meridional.
A Defesa Civil Municipal continuará acompanhando as providências que a Vale deverá adotar em relação à pilha de estéril. O coordenador do órgão, Augusto Júnior, fez questão de frisar que não há motivo para pânico, uma vez que o fechamento da escola foi uma medida protetiva e preventiva, não significando qualquer perigo iminente.

Os pronunciamentos oficiais, contudo, não foram suficientes para tranquilizar as famílias. Professores e demais servidores da Escola Meridional foram convocados para uma reunião esta manhã na Secretaria Municipal de Educação que visa o esclarecimento de dúvidas que ainda persistam. Esta reunião será restrita aos funcionários, mas outro encontro com os pais de alunos será agendado posteriormente. O Fato Real solicitou permissão para acompanhar a reunião, mas teve o pedido negado, sob argumento de que seria uma reunião interna e, posteriormente as informações seriam repassadas à imprensa.
Moradores
Enquanto isso, um grupo de pais está se organizando para cobrar informações concretas da Vale e Prefeitura sobre o que está realmente acontecendo. Eles temem pela segurança dos filhos e pelo comprometimento do calendário escolar, diante da dificuldade encontrar outro um novo espaço para alocar 600 alunos em caráter emergencial.
O líder comunitário Willaderlan Alves de Souza Júnior, morador das imediações e pai de estudantes da Meridional, cobrou um posicionamento mais claro do Município e da companhia para saber o verdadeiro grau de risco a que a região estaria exposta. “Até agora só sabemos o que o prefeito falou em um vídeo. Precisamos de mais informações e esperamos que uma reunião com a comunidade seja feita o mais rápido possível”.
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