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E é assim que vou chamá-lo, “Doguinho da Igreja”.
Desde alguns domingos tenho notado em um doguinho que sempre frequenta às missas de 08:30 h aos domingos na igreja São Pedro em Cristiano Otoni – MG.
Quando você menos espera, ele chega ao seu lado, próximo dos bancos em busca de carinho. Ele vai andando, às vezes em alta velocidade, como se estivesse rindo em alguns momentos, a alegria dele transborda. E vai lá na frente, vai entre os bancos, dá algumas voltas pelo interior da igreja em busca de pessoas pra levar um pouco do seu amor e alegria.
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Mas será que essas pessoas percebem? Algumas poucas pessoas o detectam ali, e o acariciam.
Estão ali tão no automático, porque querendo ou não, muitas coisas na nossa vida estão no automático… assistir a missa e ir embora em seguida, é uma delas. O próprio viver, a maioria está sobrevivendo. Muitas vezes sem sequer a olhar a pessoa que está ao nosso lado, quem está ao nosso lado, falar com a pessoa, desejar um “Bom dia”, talvez.
Mas hoje em dia, passamos pelas pessoas como se não existissem, só pensamos que estamos ali com um propósito, e que vamos cumpri-lo, ou estamos andando pela rua com o objetivo de fazer o planejado e pronto, não enxergamos ao redor, podemos olhar, mas enxergar vai mais além do simples olhar. E assim, ou pior, creio que pior, é com os animais que vivem nas ruas, invisíveis aos olhos da sociedade.
Ao final da missa já o vi indo embora seguindo uma moça, creio que seja sua “dona”, ele deve ser daqueles que vivem soltos, mas considera uma pessoa como seu dono (seu líder). E assim é. Todos os domingos os fiéis têm a chance de demonstrarem amor e carinho, e receber, mas nem sempre aproveitam a chance, mesmo estando tão perto.
Bora enxergar quem está do nosso lado! Acariciar um doguinho que aparecer!
Ully Daniely
Texto e fotos