
Nas últimas semanas, aumentaram significativamente as queixas de usuários quanto ao atendimento prestado na única agência da Caixa Econômica Federal em Conselheiro Lafaiete, situada à rua Melo Viana.
Os vereadores Pedro Américo e Chico Paulo (ambos do PT) declaram em sessões da câmara que estiveram pessoalmente na unidade e testemunharam o verdadeiro teste de paciência que enfrenta quem vai à Caixa resolver problemas corriqueiros, como quitar prestações de financiamentos ou retirar benefícios e abonos. Ambos os vereadores descreveram a agência como um formigueiro, onde os poucos funcionários não têm como fazer frente a tamanha demanda e os clientes não sabem a quem se dirigir.
A situação foi amplamente repercutida pelo Portal de Notícias Fato Real, que buscou o posicionamento do Procon Municipal, obtendo a resposta de que o órgão não havia sido provocado a intervir, já que o volume de reclamações formalizadas não justificava a exigência de providências junto à instituição bancária.

Contudo, a reiterada divulgação da situação pela imprensa sensibilizou o Ministério Público, que não esperou ser acionado e realizou, agindo de ofício, uma fiscalização na agência da Caixa na última quinta-feira (14/11). De acordo com Glauco Peregrino, titular da Curadoria de Defesa do Consumidor, a fiscalização tomou por base pronunciamento feito pelo vereador Pedrinho durante a “Palavra Franca” na Câmara, quando o parlamentar denunciou a excessiva demora na fila de atendimento. Durante a fiscalização do MP foi constatado que o tempo de espera na fila de saque do FGTS chegava a ser de 50 minutos; o período máximo de tolerância estipulado em lei municipal que disciplina as filas de bancos e outros serviços correlatos é de 20 minutos por usuário em dias de menor movimento ou 30 minutos nas datas de pagamentos a trabalhadores e beneficiários da Previdência Social.
Confirmada a irregularidade, a agência foi autuada e instaurou-se processo administrativo visando à adequação do atendimento. Ainda de acordo com o promotor Glauco Peregrino, o processo se encontra na fase em que se aguarda a apresentação de explicações pela Caixa Econômica Federal que possam justificar as falhas detectadas no relacionamento com os usuários.
