Como ladrão, sem avisar, a morte chega. Sempre naquela hora em que menos esperamos. Morrer é algo que nem quem vai, nem quem fica estão preparados para compreender. Uma hora estamos entre todos, outra hora podemos estar para sempre distante de todos. Não há rico, pobre, inteligente, influente, famoso, político, empresário,trabalhador, mendigo , idoso, criança, ninguém escapa desse encontro. Mais cedo ou mais tarde ela virá nos encontrar.
Você acabou de ser promovido, tem planos para sua carreira, precisa fazer algo que deixou dependurado ontem, deixar o filho na escola, e no meio do trajeto da rotina desgastante, MORRE. Como assim? Perguntam atônitos os que ficam. É a morte, ela chegou! De que valeram tantos anos de trabalho árduo? De que valeu acumular tanto dinheiro, fama, influência ou poder? Em um piscar de olhos tudo se esvai. Num acidente na esquina, num AVC na flor da idade de uma vida sedentária ou não, numa doença que ninguém esperava, sempre fazemos a mesma pergunta: “POR QUE”?
Morrer é uma interrupção abrupta que nós nunca estaremos prontos para entender. Obriga você a se retirar no melhor da vida às vezes sem sequer se despedir de alguém, sem ter construído a casa de seus sonhos, sem rever aquele filme que te emociona ao lado de quem você ama. Você segue a vida sem saber se vai chegar ao seu destino. Começa um projeto sem ter a certeza que vai concluí-lo. Diz que é feliz, mas esconde a infelicidade atrás de um sorriso pré -moldado. Malha todo dia e morre numa segunda feira de manhã.
Morrer desfaz a ordem natural de nossos planos. Morrer é um momento inescapável que marca a nossa saída desse plano e petrifica ou não nossas lembranças a partir daí. Quem vive esperando o futuro para ser feliz, perde a felicidade de cada momento do presente, preso às amarguras do passado. Não deixe que traumas do passado lhe impeçam de agarrar as novas oportunidades de ser feliz que a vida lhe dá. Esse é o grande mistério da vida: A capacidade de recomeçar, de se recompor, e seguir adiante depois de cada decepção. O melhor mesmo é fazer agora, é começar agora, ou mesmo recomeçar, pois deixar para amanhã não tem garantia nenhuma. Por isso viva tudo o que há para viver. Deixe marcas. Deixe boas lembranças para não ser lembrado como “aquele que já foi tarde”.
Dessa vida nada podemos levar, mas podemos deixar. Então deixe sementes de alegria, paz, amor, carinho e dedicação. Deixe boas histórias para seus filhos, parentes e amigos contarem sorrindo aos outros, a seu respeito. Entre tudo isso, nunca deixe de amar, aproveitar cada momento como se fosse o último, deixe boas impressões, aperte a mão do próximo, abrace, brinque feito criança, e sorria, sorria muito mesmo. Desapegue-se de tudo que pode enegrecer seu coração e tornar a vida mais pesada do que ela já é. Grafar as lembranças ruins no ferro e as boas lembranças na areia da praia é o que torna muitas vidas vazias, por viverem relembrando o que deveriam esquecer e esquecerem o que deveriam lembrar. O que fica na vida não é o ponto de partida, nem o ponto de chegada, são as sementes que plantamos ao longo do caminho. Perdoe! Viva e não apenas exista!
Tô Sabendo e Vou Falar!
Aaron Fênix