Após uma denúncia anônima a Polícia Civil chegou até uma mulher suspeita de estar fazendo exercício ilegal da profissão de médica veterinária em Conselheiro Lafaiete.
O fato ocorreu neste sábado 22/06. Acionada a polícia foi até o local denunciado, no bairro São Judas Tadeu. No momento uma pessoa estava no local vacinando seu animal e ao ser informada do que estava ocorrendo disse que não sabia que J.A.S.N não era veterinária, e diante das circunstancia exigiu o dinheiro da vacina de volta. J.A também havia receitado antibiótico e xampu para o cão.

Vários documentos relacionados à prática da medicina veterinária foram encontrados e recolhidos. Entre eles, cartões de vacina já preenchidos e assinados, contratos de compra e venda de filhotes, notas fiscais de distribuidoras de produtos veterinários, certificado de curso on line e vacinas.
O Fato Real recebeu a informação de que no mesmo local (bairro São Judas Tadeu) também funciona um canil desde 2017. A responsável terá que apresentar todos os documentos dos animais e atestado de saúde, assinado por um médico veterinário nesta segunda-feira (24) no Centro de Controle de Zoonoses. Caso não apresente, os animais poderão ser recolhidos.

Diante das evidências encontradas a responsável pelo local foi conduzida para a Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos. A suspeita é que ela não tenha cursado faculdade de Medicina Veterinária. O curso de Medicina Veterinária precisa oferecer uma carga mínima de 4.000 horas de aulas. Isso dá exatamente cinco anos de estudos. O número é determinado pelo Ministério da Educação (MEC) e todas as faculdades que têm autorização para oferecer o curso precisam segui-lo.
Outro caso
Este foi o segundo caso de denúncia de exercício ilegal da Medicina Veterinária na região em poucos dias. No dia 18 de junho a Polícia Civil em parceria com o Conselho Regional de Medicina Veterinária realizou uma operação conjunta com objetivo de apurar denúncias acerca de uma mulher que estaria se passando por veterinária na cidade de Barbacena. As equipes se deslocaram até a instituição onde a suspeita estaria atuando, onde ficou confirmada que ela exercia funções como médica veterinária, sem que tenha cursado a faculdade de Medicina Veterinária até a conclusão do curso. A investigada foi convidada a comparecer na Unidade Policial para prestar esclarecimentos, não sendo efetivada a prisão por não haver uma situação de flagrante. No local, foi apreendido um carimbo no qual a suspeita utilizava um número de registro de outra profissional. Foi instaurado inquérito policial e ela vai responder em liberdade pelos crimes de exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
Pessoas que se sentiram lesadas por acreditar que seus animais foram atendidos por pessoas sem a devida qualificação profissional podem fazer denúncias à polícia.