Ao fazer uso da “Palavra Franca” na primeira sessão legislativa de 2019 na Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete, o vereador João Paulo Resende (DEM) fez críticas contundentes à atuação da Copasa na cidade. Ao abordar o brusco aumento nas contas de água, que vem deixando os moradores preocupados, ele disse que a concessionária está roubando à população de Lafaiete: “Temos sido procurados constantemente por pessoas que reclamam da conta de água da Copasa, que dobrou de valor. Vamos pedir uma audiência pública aqui na casa a respeito do assunto, já que está sendo cobrado sobre o valor do consumo 95% relativo ao esgoto. Pessoas que pagaram 100 estão pagando agora até R$200,00 pela conta de água e isso é um absurdo. Faz um mês que está funcionando a ETE do Ventura Luiz e o pessoal da Água Preta já começou a reclamar do fedor e os rios continuam sujos. No meu entendimento, o que a Copasa está fazendo é roubar do povo. Esperamos que, no dia da audiência, a ARSAE (Agência Reguladora dos Serviços de Água e Esgoto) esteja aqui, pois ela é responsável por ter autorizado esta cobrança abusiva.”
Sobre o aumento nas contas de água, a Copasa argumenta que tem o direito de fazer a majoração a partir do momento em que colocou em operação a ETE – Estação de Tratamento de Esgoto do ribeirão Ventura Luiz, na região da Água Preta, a exemplo do que já ocorria com a ETE Bananeiras.
Alguns vereadores adiantaram que formalizaram consulta formal à concessionária em busca de informações concretas sobre o reajuste.
Ônibus
João Paulo falou também do aumento previsto para a tarifa dos ônibus coletivos e reafirmou que a concessionária do serviço precisa rever alguns dos casos especiais em que é concedida a gratuidade das passagens: “A Viação Presidente tem de rever as gratuidades e não pode jogar isso sobre o restante do povo que usa os ônibus. Existem pessoas que abusam da gratuidade, pois andam de graça nos ônibus e recebem o vale-transporte das empresas onde trabalham. Isso onera o pobre coitado que vai trabalhar de ônibus todo dia. Antes de repassar o aumento da passagem, que eles revejam quem está andando de graça, qual é o motivo e se realmente precisa, pois não dá pra embutir na conta de todos.”