O deputado federal Padre João (PT) reforçou nesta terça-feira (30/09) em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, a necessidade de acelerar as obras estruturais na BR-040, administrada pela concessionária EPR Minas Gerais S/A, principalmente, no trecho entre Congonhas e Conselheiro Lafaiete. Segundo ele, a rodovia não pode repetir o histórico de atrasos e promessas não cumpridas que marcou a concessão anterior com a Via 040.
Padre João criticou o cronograma atual da EPR que prevê obras estruturantes apenas a partir do quarto ano do contrato. Ele defendeu que intervenções prioritárias, como a duplicação de pontes e viadutos entre Conselheiro Lafaiete e Congonhas, sejam antecipadas.
“Não queremos que se repita o que aconteceu com a Via 040. Esse trecho está estrangulado e causa riscos graves aos motoristas. Há pontos em que para percorrer três quilômetros, o motorista gasta até 40 minutos. A cada seis meses precisamos ter atualização do cronograma de duplicação e segregação de pista, que pode evitar colisões frontais e reduzir mortes”, afirmou o deputado.
Medidas emergenciais
O vice-prefeito de Congonhas, Zelinho, acompanhado do secretário de Gestão Urbana, Paulo Policarpo, apresentou sugestões imediatas para reduzir os riscos no trecho mais movimentado da BR-040, entre Itabirito e Conselheiro Lafaiete.
Ele defendeu a redução da velocidade para 90 km/h nesse segmento e para 40 km/h nas entradas e saídas de mineradoras, com instalação de lombadas eletrônicas. Também pediu a criação de uma nova pista de escape no bairro Pires, em Congonhas, local conhecido por acidentes envolvendo caminhões com falha nos freios.
Posição da concessionária
Matheus Rodero, gerente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), reconheceu a gravidade dos pontos críticos e afirmou que a antecipação de obras está em análise. Segundo ele, a agência pode autorizar a instalação de mais radares a qualquer momento e já emitiu licenças ambientais para evitar atrasos.
O diretor-presidente da EPR Via Mineira, Luciano Louzane, afirmou que houve melhorias na sinalização e no pavimento desde o início da concessão, mas admitiu que há possibilidade de antecipação de duplicações em áreas de maior afunilamento, como nas pontes em Congonhas
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