A comunidade evangélica de Conselheiro Lafaiete afirma estar sofrendo um clima crescente de perseguição religiosa após a realização do evento “Celebrai”, em (13/09). A celebração reuniu fiéis de diversas igrejas e contou com a participação do pastor e deputado federal Marco Feliciano, cuja fala gerou polêmica e dividiu opiniões.
Durante sua pregação, Feliciano mencionou termos como “Preto Velho” e “Exu”, caracterizando-os como espíritos malignos sob a ótica cristã. Embora não tenha citado diretamente religiões de matriz africana, representantes dessas tradições interpretaram a fala como intolerância religiosa.
Os organizadores do encontro ressaltam que o evento foi custeado com apoio da comunidade evangélica e recursos públicos, mas tinha caráter voltado à edificação da fé, sem incitação ao ódio ou estímulo a agressões. Não houve registros de ataques físicos ou verbais contra adeptos de outras crenças durante a programação.
Segundo lideranças evangélicas, as críticas tornaram-se desproporcionais e configuram falta de respeito à liberdade religiosa. Representantes evangélicos afirmaram ter solicitado à Procuradoria Municipal que adote medidas para assegurar o direito constitucional à liberdade de crença.
Também fizeram um apelo para que os veículos de comunicação colaborem com a construção de um ambiente de convivência pacífica, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas. A comunidade reforça que não deseja o crescimento de intolerâncias ou perseguições contra os fiéis evangélicos nem contra adeptos de outras religiões, em especial as de matriz africana.
O objetivo é que autoridades competentes e imprensa ajudem a assegurar o respeito mútuo e a preservação da liberdade religiosa em Conselheiro Lafaiete.