O secretário municipal de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, João Lobo, apresentou à Câmara de Congonhas nessa terça-feira (28/10) um balanço das medidas adotadas pela Prefeitura para enfrentar o problema da poeira gerada pela mineração, agravado pela forte nuvem que encobriu a cidade em 22 de setembro.
A reunião foi convocada pelo presidente do Legislativo, Averaldo Pereira (PL), após sucessivas reclamações da população e vereadores sobre os impactos ambientais e de saúde.
Multas e medidas preventivas
De acordo com João Lobo, o episódio de setembro foi um dos maiores da história do município, resultado de ventos intensos e do descumprimento de orientações preventivas emitidas pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM). As empresas CSN, Ferro+ e Vale Fábrica foram multadas, e a Gerdau recebeu notificação para reforçar suas medidas de controle.
O secretário destacou que a Prefeitura vem atuando com emissão de alertas, fiscalização intensificada e ações educativas durante o período de seca. Segundo ele, cinco episódios semelhantes foram evitados neste ano graças à adoção antecipada das medidas mitigadoras.
Durante a reunião, João Lobo apresentou o Projeto PurificAR, iniciativa voltada à melhoria da qualidade do ar em bairros mais afetados, como Pires, Joaquim Murtinho, Jardim Profeta e Lobo Leite. O projeto inclui aspiração de ruas, instalação de cercas de vento, uso de canhões de água e aplicação de polímeros aglomerantes para reduzir a dispersão de poeira.
As ações são financiadas pelas próprias mineradoras e incluem também a limpeza de vias dentro do perímetro urbano. O valor das multas aplicadas será revertido na instalação de novas estações de monitoramento da qualidade do ar, sob gestão do município, o que permitirá comparar dados oficiais com os das empresas.
João Lobo informou que duas equipes técnicas realizam fiscalizações semanais nas empresas, acompanhando o cumprimento das medidas exigidas. Segundo ele, o compromisso da Prefeitura é garantir que o desenvolvimento econômico não comprometa a saúde da população nem o equilíbrio ambiental de Congonhas.
 
			 
				 
				 
				 
				 
				
 
                                 
				 
				 
				