
Nos últimos dias, moradores vêm reclamando insistentemente do incômodo causado pelo aumento da circulação de composições pela malha ferroviária que corta Conselheiro Lafaiete. Além da ampliação da poluição sonora, o tráfego intenso das locomotivas causa outras preocupações, como possibilidade de abalo de estruturas, principalmente de imóveis mais próximos. Esta é por exemplo, preocupação de moradores de Buarque de Macedo em relação à estrutura já frágil da antiga estação ferroviária, no distrito.
Com base das reclamações dos lafaietenses, o vereador Pedro Américo (PT) apresentou requerimento à Câmara Municipal para discutir o problema. Ele solicita uma reunião pública para discutir o trânsito de locomotivas na área urbana e a segurança nas travessias da linha férrea. Para a reunião deverão ser convidados o prefeito municipal, a MRS, FAMOCOL, DNIT, Sindicato dos Ferroviários e outras autoridades envolvidas no assunto.
Também após receber várias reclamações, o Fato Real questionou a MRS sobre o assunto. Em nota a empresa informa que fez uma adaptação operacional necessária após um acidente ocorrido na Ferrovia do Aço que exigiu a realização de reparos emergenciais. Tal alteração, de acordo com o esclarecimento, é provisória. Quanto à poluição sonora, a MRS explicou que o uso da buzina é um procedimento operacional usado para garantir a segurança da circulação ferroviária e das comunidades. Por isso, pode haver a necessidade do acionamento das buzinas com mais frequência. Um dos casos em que isso ocorre é quando se identifica uma situação de imprudência na travessia da linha férrea.
Na nota enviada ao Fato Real não foi respondido o questionamento sobre previsão para voltar à normalidade.
Esta situação teve início no dia 06/03 quando a MRS Logística informou que devido a uma ocorrência na Ferrovia do Aço, seria necessária a circulação em Lafaiete e região dos trens vazios e carregados nos dois sentidos (subindo e descendo) por período indeterminado.