Funcionários públicos municipais voltaram a protestar publicamente em Conselheiro Lafaiete nesta quarta-feira 11/02. É o segundo ato, coordenado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Conselheiro Lafaiete, em apenas cinco dias.

Ontem um grupo de servidores de diversos setores esteve próximo à prefeitura, reivindicando direitos e condições para trabalhar. Os manifestantes proferiram diversas palavras de ordem e pediram ao prefeito Mário Marcus (DEM) respeito pelo funcionalismo público e cumprimento de seus direitos trabalhistas.

Ao longo da semana, Valdney Roatt Delmaschio Alves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Conselheiro Lafaiete (SINSERLAF) já havia falado sobre o assunto. Em vídeo no canal Youtube o sindicalista, disse saber que a verba empregada na reforma da fonte luminosa da Praça Tiradentes (local da manifestação da semana passada), é específica para a obra, oriunda do Fundo Municipal de Patrimônio Cultural e enalteceu o trabalho do secretário de Cultura Geraldo Lafayette. Na sequência, ele aprofundou nas questões relacionadas à classe e suas reivindicações.
Ontem, o presidente do sindicato que representa a classe, voltou a narrar dificuldades de um diálogo com a administração municipal, que segundo ele, nestes cinco meses de 2022 não obteve sucesso. Em entrevista ao Jornal Falado Carijós que foi ao ar nesta manhã de quarta-feira, Valdney relatou que entre as reivindicações está o reajuste do vale-alimentação dos atuais R$350,00 para R$550,00 “Seriam 50 reais por cada um dos 4 anos sem reajuste”, explicou. Os servidores reivindicam ainda o pagamento do piso nacional da educação, e recomposição salarial.

Entre as denúncias da falta de estrutura o sindicato diz que trabalhadores muitas vezes gastam do próprio bolso para comprar matérias básicos para desempenho de suas funções, trabalham em locais sem estrutura adequada, usam uniformes rasgados. O sistema de informatização é precário.
Diante de um cenário em que falta o básico, os servidores são xingados e rotulados pelos cidadãos que não têm um bom atendimento, esclarece Valdney Roatt Delmaschio Alves.
Administração

Alguns manifestantes afirmaram ontem que buscam respeito e diálogo, o que não estariam encontrando na Semed. Alguns relataram a falta de acesso ao secretário municipal de Educação, Albano Tibúrcio.
A administração municipal não se pronunciou publicamente, nem junto à imprensa sobre as recentes manifestações.
Quando deixava a sede da prefeitura, o vice-prefeito Dr. Marco Antônio conversou com o presidente do sindicato. Reconheceu que a manifestação é um direito do trabalhador, que iria buscar intermediar uma reunião com o prefeito, mas não quis gravar entrevista.
Colaboração e fotos: Mariana Marques.
N.R: Matéria atualizada as 20h20.