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Março e a mulher

17 de março de 2022
in Você Repórter
Março e a mulher
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Mais um mês da mulher e vocês sabem qual dado me sinto na obrigação de lembrar?

Esse: em 2021, nosso país teve um estupro a cada dez minutos e um feminicídio a cada sete horas*.

São números que devem causar profunda reflexão em todos. Imagine você. Levo cerca de uma hora para produzir um texto como esse. Você, uns dez minutos para ler.

Levando-se em consideração a estatística, no período em que estou produzindo essa coluna, seis meninas ou mulheres estão sendo estupradas. Ao mesmo tempo em que você lê mais uma de nós passa pela mesma terrível experiência.

Temos no Brasil uma rotina de oito horas de trabalho. Enquanto você cumpre suas horas na empresa, uma mulher está sendo morta e outras 48 são vítimas de estupro.

E isso acontece todos os dias, ininterruptamente. Enquanto dormimos, comemos e trabalhamos. Enquanto rezamos. O ciclo de vítimas não deixa de ser alimentado sem parar.

É o absoluto cenário do horror.

São dados chocantes e seguem acompanhados de outros: que informam que mulheres ainda recebem menos do que homens para executar as mesmas funções; que são preteridas em promoções; que possuem menos oportunidades de estudo e progresso na carreira. Tudo isso em virtude de serem mulheres e, por isso, menosprezadas por sua condição feminina.

Quem é que nunca ouviu a infame frase: “Tem que ganhar mesmo porque engravida” – como se o engravidar fosse um grande benefício de mulheres para si mesmas. Quando na verdade o ato de gestar a próxima geração garante o futuro de todos. Se duvida, veja o que acontece com a previdência e a indústria de países em que muitas mulheres optam por não mais terem filhos com brusca queda nas taxas de natalidade, como o Japão.

É por isso que o chamado “mês da mulher” – ou o “dia da mulher” – sempre me provocam mais reflexão do que alegria.

Não serei eu aquela que recusará flores, como tantos ainda insistem em ofertar, como se suficiente fosse. Como se, de alguma maneira, tapasse os números absurdos. Não. Não serei eu a fazê-lo.

Mas serei eu aquela que vai apontar a hipocrisia de quem oferece flores no dia da mulher para no dia seguinte defender teses misóginas colocando em dúvida nossa capacidade intelectual, moral ou física.

* Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Profa. Érica
@ProfaEricaCL

UniFASar

ERM



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